Revisão dos Tratamentos para Dor Neuropática Central

Revisão dos Tratamentos para Dor Neuropática Central

Revisão dos Tratamentos para Dor Neuropática Central

Dor neuropática central: tudo o que você precisa saber

Estima-se que 10% da população mundial desenvolva dor neuropática central, entretanto, o diagnóstico é mais complexo do que se parece. Neste artigo, reunimos as principais características da doença e como deve ser realizado o diagnóstico. Confira!1

A dor neuropática central é definida como um distúrbio neurológico resultante de danos nas vias sensoriais do sistema nervoso central (SNC), incluindo o cérebro, tronco cerebral e/ou medula espinhal. Especificamente, ela pode ser atribuída às lesões ou doenças do SNC, por isso, conhecer os sintomas e o histórico do paciente contribuirá para um diagnóstico rápido.1

Quais os sintomas da dor neuropática central? 

Os sinais de dor, geralmente, são constantes — podendo ser intermitentes em alguns casos — e podem ser leves, moderados ou intensos.1

Os indivíduos afetados podem se tornar hipersensíveis aos estímulos dolorosos.1

A dor pode variar de um indivíduo para outro, a depender da causa subjacente do distúrbio e da área afetada do sistema nervoso central.1

Na dor neuropática central, os sinais de dor se alteram por meio de múltiplos mecanismos. Por exemplo, sinais nociceptivos ectópicos podem ser gerados erroneamente, sinais normais de dor podem ser inapropriadamente modulados e/ou sustentados, ou sinais podem ser propagados inadequadamente até o cérebro.1

Os principais sintomas variam entre:

  • dor;
  • formigamento;
  • queimação;
  • choques e/ou dormência.1

Entender a causa e os sintomas norteará os primeiros passos para o diagnóstico correto.1

Como diagnosticar a dor neuropática central?

O diagnóstico é um grande desafio para os profissionais de saúde, pois depende dos sintomas clínicos que geralmente se apresentam de forma ampla. Além disso, nenhum exame único ou específico consegue concluir o diagnóstico.1

Suspeita-se da doença em pacientes que relatam queixas de dor por mais de três meses, após lesão cerebral ou lesão medular, ou que apresentam doença concomitante, como esclerose múltipla (EM) ou doença de Parkinson (DP).1

Exames clínicos para avaliação dos sintomas, análise física e o histórico do paciente são fundamentais para fechar o diagnóstico. Nesse momento, é essencial que o médico saiba de possíveis condições ou lesões do paciente, bem como os medicamentos que estão sendo administrados no momento.1

Pacientes com comprometimento neurológico podem ser ainda mais desafiadores para o diagnóstico conclusivo. Nesses casos, é importante realizar uma análise diferencial em relação às dores de origem musculoesquelética, ou mesmo, com neuropatias periféricas, já que alguns sintomas, como queimação, frio doloroso e formigamento, são parecidos nessas condições.1

Neste contexto, a diferenciação entre dor neuropática de origem periférica e central se dá pela análise ampla da história clínica, dos resultados do exame físico e outros exames complementares, como eletroneuromiografia e ressonância magnética.1

Como é feito o tratamento da dor neuropática central?

O objetivo do tratamento é proporcionar uma melhora na qualidade de vida do paciente e possível ganho funcional, a partir de terapias invasivas ou não.1

Tratamento medicamentoso

A primeira linha de tratamento médico costuma ser a farmacoterapia conservadora. Ao contrário dos episódios agudos de dor, a dor neuropática central é frequentemente refratária aos analgésicos comuns, como anti-inflamatórios não esteroides.1

As recomendações farmacológicas indicam antidepressivos e anticonvulsivantes como medicamentos de primeira linha. Em um segundo momento, podem ser prescritos opioides fracos e tratamentos tópicos. Posteriormente, podem ser administrados opioides mais fortes, toxina botulínica A, quando a dor é refratária ao tratamento médico padrão.1

Tratamento cirúrgico

Os procedimentos cirúrgicos são indicados para aqueles pacientes que continuam apresentando dores mesmo após a farmacoterapia, ou quando os eventos adversos inviabilizam sua utilização.1

Entre as abordagens cirúrgicas estão a estimulação do córtex motor, estimulação cerebral profunda ou procedimentos ablativos.1

Tratamento não invasivo

Existem ainda as técnicas não farmacológicas que podem ser complementares, como fisioterapia, mudança no estilo de vida para reduzir níveis de estresse e meditação mindfulness. Além disso, o acompanhamento de um psicólogo também ajuda o paciente a encontrar estratégias para lidar com a dor.1

Importância do tratamento humanizado para promoção da qualidade de Vida

Com tantos desafios que envolvem a jornada do paciente com dor neuropática central, é fundamental que as terapias sejam personalizadas, com uma abordagem sistemática, para garantir um tratamento mais eficaz, tolerável e seguro para as necessidades dos pacientes.1

Planos individualizados devem ser propostos considerando os sintomas específicos de cada paciente. Somado a isso, o atendimento multidisciplinar contribuirá para definições terapêuticas completas, garantindo a qualidade de vida do paciente.1

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FAQ

Pergunta 01

O que é dor neuropática central?

A dor neuropática central é definida como um distúrbio neurológico resultante de danos nas vias sensoriais do sistema nervoso central (SNC), incluindo o cérebro, tronco cerebral e/ou medula espinhal. Especificamente, ela pode ser atribuída às lesões ou doenças do SNC (não disfunção), por isso, conhecer os sintomas e o histórico do paciente contribuirá para um diagnóstico rápido.1

Consulte um especialista para mais informações.

Pergunta 02

Como diagnosticar a dor neuropática central?

O diagnóstico é um grande desafio para os profissionais de saúde, pois depende, na maioria, dos sintomas clínicos que geralmente se apresentam de forma ampla. Além disso, nenhum exame único ou específico consegue concluir o diagnóstico.1

Suspeita-se da doença em pacientes que relatam queixas de dor por mais de 3 meses, após lesão cerebral ou lesão medular, ou que apresentam doença concomitante, como esclerose múltipla (EM) ou doença de Parkinson (DP).1

Exames clínicos para avaliação dos sintomas, análise física e o histórico do paciente são fundamentais para fechar o diagnóstico.

Consulte um especialista para mais informações.

Pergunta 03

Como é feito o tratamento da dor neuropática central?

A primeira linha de tratamento médico costuma ser a farmacoterapia conservadora.1

As recomendações farmacológicas indicam antidepressivos e anticonvulsivantes como medicamentos de primeira linha. Em um segundo momento, podem ser prescritos opioides fracos e tratamentos tópicos. Posteriormente, podem ser administrados opioides mais fortes, toxina botulínica A, quando a dor é refratária ao tratamento médico padrão.1

Existem, ainda, alternativas cirúrgicas e não invasivas que podem complementar o tratamento.1

Consulte um especialista para mais informações.